quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

uma parte.


23 de Novembro de 2003

3.45h, segunda-feira

“Voltei a acordar sobressaltada pela má vinda de um pesadelo, que nem o consideraria tal se não fosse a ausência dele, do lado direito da cama, onde costumava ficar, lugar que agora permanece vazio, mas que o meu corpo não se atreve a ocupar, ás vezes ainda sinto que está quente.

Não esperava encontra-lo ali ao acordar, no fundo – mesmo muito fundo – até sei que não haverá mais manhã (ou noite) em que a presença dele seja certa. Conformismos meus.

Eu sonho muito desde que foste embora, sonho com muitas coisas, todas diferentes mas… mas nunca sonho que te tenho, e até acho que isso nunca aconteceu. Eu nunca te tive, tinha o que queria de ti, tinha o que me davas. Mas nunca te tive. Nem vou ter mais, acabaste…”


-12.47h, segunda-feira

Não me lembro de ter escrito aquilo durante a noite, nem me lembro de ter acordado, nem sequer me lembro de ter escrito uma coisa sobre alguém que julgava ter apagado.

Está uma manhã muito feia e quase que, através da chuva, me convida a não abandonar a cama. Mas acabei por me levantar, aqueci o café que sempre dá um chega-para-lá á preguiça e como não preciso de ter pressa para o trabalho, vou-me deixar aqui.

Detesto esta sensação, detesto estas borboletas na barriga quando a minha cabeça tem espaço para alguma coisinha a mais, e esse espaço fica ocupado pela saudade que me deixaste. E detesto que isso tenha tanta importância que me faça escreve-lo. No fundo, detesto-te, mesmo que já não existas na minha vida, continuo com uma amargura que me faz parar de beber o café que tão bem me costuma saber – até o sabor do café me lembra de ti, maldito.

Continuo a achar idiota e absolutamente parva a forma como deixamos tudo para trás, mas não vou “bater mais no ceguinho”, antes que ele fique com cicatrizes.

Ás vezes lembro-me que nesta altura, tinhas tu feito anos há pouco tempo, e eu já andava outra vez aflita com o que te haveria de dar no Natal, também me lembro que costumavas ficar na mesma. Lembro-me que por esta altura, também não sabíamos o que fazer quando mais um mês se completava, naquilo a que se chama de relação.

E isto faz-me trazer á consciência que depois de ti, não houve mais…tu. Nem há-de haver. Apesar de não ter estado absolutamente sozinha desde que foste, hei-de sempre andar á procura de bocadinhos de ti nos que aparecem, e isso faz com que eles partam também, e tenho um certo receio de que isso me acompanhe até ao resto dos meus dias. Mas que seja.

Agora… agora vou passear, pode ser que te encontre...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

mindfuck!


Não tenho a minima vontade/paciencia/inspiração/qualquercoisamais para escrever. Por isso.. quando a minha cabeça voltar ao sitio onde deveria estar, eu penso em voltar aqui.

so, fuck you all
e Bom Natal e Ano Novo e essas tretas todas.




ps. fica a agradável imagem das meninas com o rabinho afastado.