sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Não devias afastar-me assim.
Não devias.
Eu deixo deliberadamente que o medo me controle, que o medo assuma todas as minhas responsabilidades. És importante demais para que eu tenha forças para ser racional. E eu lamento que assim seja.
Dou comigo confrontada com a verdade (ou realidade) do senso comum. As coisas mudam, e o interesse diminui. Não entendo porque é que isso não se aplica a mim.
Faço todos os esforços e mais alguns para te dizer as coisas, mas as palavras ficam-se pela cabeça, não saem, e eu quero que elas saiam, eu quero dizer tudo! É inútil, o orgulho assombra-me.

Não quero escrever mais.

terça-feira, 15 de junho de 2010

voltei.

Demorou, mas voltei. E tenho noção de que mais ninguém vem aqui, mas não importa.

E para voltar em grande venho falar de coisas que odeio e que me tiram do sério.
-E começo por, sem querer MESMO descriminar, pessoas à beira da obesidade! Porra! Porquê? Porquê ser assim? Porque é que se deixam chegar a esse ponto? Não tem nada a ver com sociedade, tem a ver com a saúde, não entendo como chegam ao ponto que chegam sabendo que vão ter problemas graves mais tarde. E depois correm (correm? pois.) a programas como o "Dr. preciso de Ajuda" para fazerem um monte de operações e colocarem bandas gástricas e não sei quê. está mal! deixem lá a Mc Donalds e as comidas de plástico e cuidem-se, a obesidade mata.
-Outra coisa, pessoas que têm caixotes do lixo à beira e, ainda assim, deitam o lixo para o chão, mas enfim, o problema não vai ser delas, vai ser dos filhinhos e dos netinhos e afins.
-Pessoas que cheiram muito mal, odeio, simplesmente, eu gosto de poder respirar, e às vezes tenho de ir nos autocarros com a respiração parada, para não desmaiar.
-criticas sem fundamento. eu até sou uma pessoa que consegue aceitar uma critica, DESDE QUE ELA TENHA UMA RAZÃO DE SER! não gosto que me digam que esta mal e justificarem-se com um "porque sim".
-piropos, não suporto, de todo. Acho que há formas muito mais inteligentes e "limpas" de se abordar uma rapariga/mulher.
-interrupções quando estou a falar, eu não sou de interromper ninguém, e quando era pequena, se o fizesse, levava uma berdoada logo.
-falta de educação, não tolero, de todo. Odeio que não peçam "se faz favor" e que não digam "obrigada" ODEIO, não custa nada, não se gasta assim tanta saliva!
-também detesto não puder dizer aquilo que penso às vezes, mas pronto, isso são outros 500.


Agora é só experimentar fazer uma destas coisas à minha beira e ver o resultado.
Boa sorte.

domingo, 4 de abril de 2010

Venho por este meio informar que estou com uma crise criativa, e não consigo continuar o texto, por enquanto!

Obrigada, beijinhos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Hard Stuff (parte 1)

Ela sabia que a criança, mais tarde ou mais cedo, iria necessitar da sua insubstituível presença. Ainda assim, isso não a demovia, o melhor, o melhor do seu ponto de vista, era deixa-lo, assim, desprovido de protecção ou cuidados. Não haveria de querer saber daquela criança, não haveria isso tirar-lhe o sono, nem perturba-la, sequer.
E assim fez, no caminho de uma rua estreita e com os pés já feridos e gelados, debaixo da incessável chuva e segurando por entre os dois braços aquele ser indefeso, procurava uma porta que aparentasse boa fé, espreitando ainda pelas janelas com esperança de encontrar uma família calorosa.
Os poucos mantimentos que possuía sobre si e o seu filho estavam sujos e gastos pelas dificuldades da rua, e já pouco esses aguentavam contra tal temporal que se abatera sobre a cidade, sendo que isso não era impedimento para continuar, assim o fez.
Deparou-se com a porta nº432 de uma das ruas, e o tempo havia acalmado já. O jardim era meticulosamente trabalhado, e tinha dois arbustos com a forma de labaredas, a olho nu, não se notava nenhuma imperfeição. O azulejo frio e molhado levava à porta de uma casa preta, alta e majestosa como nunca tinha visto antes, no andar de cima, uma varanda que cobria duas janelas de vidro fumado, e as do andar de baixo tinham as persianas cerradas, que a impediam de ver o que quer que fosse. Cá de fora conseguiam-se ouvir risos de crianças e uma clara agitação, isso tranquilizou a sua alma. Talvez tivesse encontrado o sitio certo.
Apressou-se a chegar à porta, colocando a criança no chão, e em sua volta todos os cobertores que tinha, não sabia quanto tempo demoraria a ser encontrada e não queria que, pelo menos, passasse frio. A tranquilidade daquele bebé era perturbadora, nunca tivera um nos braços e deixar o seu ali parecia insuportavelmente doloroso, mas também já estava consciente de que fácil não seria. Aquela criança era o fruto de uma ferida.
Com um beijo caloroso na testa e uma lágrima que não conseguiu impedir, assim o deixou, esperando agora que tudo corresse "bem",e no momento em que saiu do terreno, ouviu a porta de casa abrir, e depois de um esganiçado mas leve grito da mulher, fez-se um absoluto silêncio, perante isto, começou a correr, receosa de que alguém a visse.
Parou dois quarteirões à frente, e a chuva regressou, acompanhada de trovoada. Sentou-se na berma da estrada deixando todas as suas forças correr com a água da chuva, e por fim rendeu-se às lágrimas e à dor que se apoderaram dela, sem dó nem piedade, como um castigo. O rosto macio e delicado daquele bebé, o calor do corpinho pequeno junto do seu, era algo que a acompanharia para sempre. (...)


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Hoje foi isto, pode ser que continue..

quarta-feira, 17 de março de 2010

jizz

estava o meu querido irmão a navegar pelo infinito mundo da internet, quando se deparou com uma música extremamente linda e... penetrante, vá. Obrigada João, pelo tão agradável momento
Passo a demonstrar:

Odeio homens.


Nós.. Nós que deixamos sempre a toalha do banho no chão depois de nos secarmos.
Nós que mal chegamos a casa, tiramos os sapatos ao calhas e nos sentamo-nos no sofá com os pés em cima da mesa, pedindo uma "bejeca".
Nós que fazemos com que não se perca um jogo de futebol, ou qualquer outro desporto que envolva "bolas".
Nós que, subitamente, temos dores insuportáveis, quando o que está em causa é por uma mesa, ou arrumar uma loiça.
E nós.. que nunca temos dores de cabeça quando se fala em "aventuras nocturnas".

Pois, pois é. Nós mulheres somos lixadas, principalmente no que toca a andar à pancada, então aí, cai o santo e a trindade, e está o caldo entornado e tudo mais.

E os homens, malditos, com as suas manias das limpezas, com os seus "tira daí os pés", "ajuda-me aqui" "ajuda-me ali" e depois, que não deixam que um jogo de futebol se concretize com o devido respeito e comentários bem formulados, que estão sempre a pedir atenção e a perguntar se isto ou aquilo lhes fica bem. Se estão mais gordos ou se não reparamos neles!
E quando chega a hora da verdade? Que vem a detestável dor de cabeça?

Não há paciência, uma "gaja" não atura isto!

Agora vou ali num instante desarrumar umas coisas à sorte e ver a bola, com tremoços e uma preta (cerveja).


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o quê? há uma coisa de errado com o meu texto? penso que não. Coerência acima de tudo.

Odeio homens, porra.

quarta-feira, 10 de março de 2010

...

from: Ana
to: Fábio


"Se um dia tiveres de ir, vai, mas com aviso prévio, apenas para que me possa agarrar a alguma "bóia de salvamento", no caso de correr o risco de me deixar afundar.
Até lá não me deixes.
Não abdiques do dia-a-dia que aos poucos, em 10 meses, fomos construindo. Eu preciso desse dia-a-dia, em que posso tocar-te, ver-te, ou sequer saber que estas a uns metros de mim. Assim estou bem, estou segura.
Eu digo com toda a convicção que és muito mais do que eu queria que fosses.
E assim te amo, mais do que queria amar.
"



(estou sem capacidade para escrever melhor)