terça-feira, 18 de agosto de 2009

Vales mais que as palavras.



Todas as minhas incertezas ou problemas tentam absorver o que de melhor há em mim, e tu apareces, e com um golpe fatal, acabas com elas, como um guerreiro acaba com o inimigo.
No túnel escuro que o meu futuro é, posso ter a certeza de que não me perco, pela segurança que me dás.

Na vida das pessoas, não passam muitas como tu. Tu que mesmo a sangrar, curas as minhas feridas, como se as tuas não existissem. Tu que independentemente do que se passar a tua volta, queimas o que de mau há á minha volta.

Não podia ter mais sorte por existires, e estarei também eternamente grata por ainda poder cair nos teus braços e ficar neles, sempre que precisar, e por não banalizares aquilo com que sonho.
Ensinaste-me que não podemos evitar o que acontece na vida, mas posso decidir a maneira como vamos encara-lo.
Ensinaste-me que mesmo que a vontade seja de destruir o que resta da vida, devo sorrir e pelo menos "fingir que sou feliz, vai dar ao mesmo".
Hoje, mais uma vez, abriste os braços e recebeste-me. E fizeste-me ter a certeza de que tudo valia a pena, se te tiver do meu lado.
Obrigada "Mamã"


Escrevi com a alma, tia.
"Thank you for take care of me, even when I'm not a children anymore"

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Stay There.




Quando somos pequeninos e andamos de baloiço, o nosso objectivo é sempre alcançar a maior altitude possível, como se quiséssemos tocar no céu. Mas depois o desiquilibrio apodera-se dos braços e caímos, e doí. Está logo lá alguém pra nos ajudar a levantar, e para nos limpar a poeira da roupa, sempre.
A questão é quando alguém nos leva ate ao baloiço, e depois vai embora. Se eu cair, vou ter de me por de pé, e fingir que não caí, subo de novo para o baloiço e recomeça tudo.

Foi isto que Eles fizeram (...) o que eu lamento.
Voltei a cair, voltei a ser perfurada por uma sensação de transição radical do explosivamente feliz, para o arrebatadoramente infeliz.
Mas não quero que saibas, nem que vejas, o quão penosa é uma queda tão radical. Por isso fujo, escondo-me por trás de um óbvio sorriso (já treinado para ser convincente).

Apanhaste-me! Outra vez, outra vez... não precisavas conhecer-me tao bem, não precisavas já quase prever o que sinto, não precisavas.

Fá-lo de uma vez, já viste que estou de novo no chão, não me ajudes, por favor não me ajudes. Pega na minha mão, como costumas fazer, mas em vez de puxar, empurra-me com mais força, mais força. Para quando me levantar, ter a certeza de que é para permanecer em . Sabes que te odeio quando fazes isso, no calor dessa mesma acção, mas que acabo por te agradecer. Porque fazes com que eu consiga tomar decisões importantes na vida.

Eu não preciso Deles, só preciso de ti, e dele. Ele dá-me um motivo verdadeiro para sorrir, e tu preocupas-te em mantê-lo vivo!

Não quero que o mundo me veja, não quero que saibam que eu existo por ter tentado que soubessem, quero consegui-lo de forma a que reconheçam que ganhei.

E por isso não acabou, não fico por aqui.

Vou agora agarrar a tua mão, e enfrentar toda a gente que se quiser opor, porque foi assim que me ensinaste. Vais ficar, não vais ?
Posso ter a certeza de que um dia quando olhar para trás vou estar agradecida por ter feito o que fiz, e ainda que sozinha, não me vou arrepender.




Mas...

"Tu tens um sonho!"






-Este texto foi puramente escrito com tudo o que a minha cabeça concluio após uma breve reflexão. Quero dedica-lo exclusivamente á Ana, continua a "empurrar o meu baloiço", e ao Fábio, que está constantemente e incondicionalmente a levantar-me quando caío. A eles devo a minha felicidade.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

No name.

- Não! continuas a estar redondamente enganada, não tentes sequer descobrir a verdade. Ela é bem capaz de rasgar mais as tuas expectativas do que as puras e necessárias desilusões (...)

Mas continuava completamente reticente em relação ás ultimas palavras que tinha ouvido e que pairavam na sua cabeça como uma pena que foi lançada ao vento. Apesar de ter a certeza de que talvez não fosse assim tão linear, havia, parcialmente, razão naquela frase.
Nunca se tinha deparado com semelhante situação, uma parte de si queria desesperadamente descobrir o que faltava, a outra.. a outra limitava-se a tentar afastar essa possibilidade fosse de que maneira fosse. E aquela batalha psicológica conseguia esgotar mesmo as forças físicas. Se pudesse escolher, preferia apenas fechar os olhos, e esperar que passasse.
O que continuava a acontecer á sua volta não lhe abstraia qualquer tipo de interesse, ate ouvir de novo a voz dela, a voz que lhe havia falado á pouco:

- Fecha-os, fecha-os e esquece tudo. - dizia.

E foi o que fez, a visão tornou-se gradualmente turva ate cair na escuridão, e nunca mais voltou a clarear.



"Talvez o nosso cérebro sinta uma vontade intolerável de fugir a uma verdade, e talvez essa verdade nos destrua mais do que a própria morte."


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Não faço ideia qual a tal mensagem que é suposto transmitir, so senti que tinha de escrever, e foi o que fiz. Agora fica ao critério de cada um.


Anne
Not that good.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Anne, what I think



Naquele momento, nada era mais importante que o teu regresso. Do que o regresso daquilo que tanto o meu corpo, como a minha alma tem necessidade de possuir.

Nem sequer é nada de especial, foram so uns dias, mas não podia desvalorizar o quão dolorosos foram, o quão agonizantes se foram tornando.

Sem querer especificar muito, há alturas em que é simplesmente necessário que estejas só aqui. Não é que tenha passado o tempo todo carrancuda e desanimada, não, não chegou a isso. Mas havia circunstancias em que inevitavelmente – ou se calhar inconscientemente proporcionadas – eu tinha de permanecer sozinha, e nessas alturas, o que havia de pior invadia-me como se fizesse parte da minha própria respiração, e não havia nada que eu pudesse fazer para evita-lo, e não ser aceitar, e lamentar subitamente a tua falta.

Não demorou muito, desde que foste embora, ate que os dias se estendessem sem sombras de limites, e se tornassem insuportavelmente longos e azedos.

Á medida que ia pensando bem, chegava á conclusão de que se não encontra-se algo que me abstrai-se da tua ausência, a minha sanidade mental com certeza iria piorar, por muito excêntrico que isso pareça.

Entre reconfortos e tentativas dos mesmos, o tempo foi passando, e o prazo do teu regresso ia-se aproximando, ainda que com extrema lentidão.

No fim, estou ciente de uma coisa: ainda de não regressasses, ainda que essa hipótese fosse ponderável e real, eu ia continuar aqui, na janela do quarto, olhando incansavelmente para o portão da rua, á tua espera.



Anne

8 de Agosto de 2009

Estado psicológico: consideravelmente perdido.