sexta-feira, 29 de maio de 2009

It's not what it seems


Não vai parar, não vai.

Ela, a vida, vai sempre dar voltas e voltas e voltar ao mesmo principio, aos mesmos dilemas.

Não adianta fugir, esconder, ou mesmo tentar enfrentar, as coisas que nos fazem perder o chão continuam no mesmo sitio, prontas para subir quando a moral descer, numa tentativa bem sucedida de tornar as coisas ainda mais complicadas.

E se não fosse assim ? e se conseguíssemos sempre ser bem sucedidos?

Não fazia sentido, nada fazia sentido.

Precisamos de ficar desolados, precisamos da tristeza, precisamos que ela nos consuma de uma maneira que quase nos obrigue a querer dormir, naquele sono em que não se acorda mais.

Por isso desiste, desiste simplesmente porque sim, porque as pessoas querem que lutes, desiste porque és humano e queres desistir.

Ou então acredita que ainda podes conseguir alguma coisa e luta, incansavelmente, luta e faz por provar que todos estavam errados, mas fá-lo por ti.

Crescer, nunca paramos, estamos sempre a crescer, nem que seja pelo facto de acharmos que somos crianças, já se torna uma força para crescer.

E começo a sentir aquele escuro, como um buraco que vai sendo alimentado, e vai crescendo, naturalmente. Ainda assim, não me tira a vontade de continuar, ate porque começo a achar que sou eu que o alimento, e não desgosto, não me desagrada. Ele torna as coisas boas mais raras, e mais importantes. O buraquinho esta sempre lá. E por isso desisto de o tentar fazer desaparecer, desisto porque sou humana, e no fundo preciso dele.

Se bem que continuo a achar que não faz sentido.

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