sábado, 10 de outubro de 2009

Back up.


Voltei,
Voltei e tornei a guardar a memoria suja que a minha visão presenciou, um dia. Não posso apaga-la agora.
Vou embora mais uma vez ? Volto a criar uma inútil esperança de que sintas a minha falta ? Não volto então.
Deixo assim tudo por terminar.
Deixo então, de novo, as minha palavras, os meus pensamentos e as mais perturbadoras ideias deitadas racionalmente no papel.
Deixo os ferimentos da guerra que todos os dias (e como toda a gente) enfrento, e não a deixo dominar todas as minhas potenciais forças, isso mantêm-me viva.
- Pego mais uma vez na borracha e apago tudo. Continuo a achar banal e vulgar a forma como escrevo e... limito-me a apagar.
Tenho presente, diariamente, uma nódoa interior, avassaladora, que, apesar de eu a camuflar, continua a corroer o meu interior, sem que eu consiga lutar contra isso. Mas também sei que acompanhada desta, está uma força autentica e permanente, que não me abandona.
Só que por isto, não deixo de me perguntar porquê, mãe? Porquê?
Fui eu ? Desculpa-me.
Uma necessidade absurda de repetir isto, vezes e vezes, ainda que se torne aborrecido e melancólico, reprime-me, e não me deixa exteriorizar outras coisas que até posso sentir, mas que ficam escondidas.
Eu cuido de ti minha mãe, como já o fizeste comigo.
Á medida que as palavras surgiam lentamente na minha cabeça, automaticamente, soavam-me parvas, então parei...
E assim volto a apagar tudo, com esperança que o que está escrito sejam só coisas sem sentido e não coisas que eu sinto.
Deitei tudo fora, deitei tudo a perder (...)

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